Parece que não é necessário um "adeus" para remexer as emoções. Num memorável dia de inverno, senti um simples "até logo" romper minha compostura num choro desenfreado, num abraço cujo aperto era de quem não queria soltar nunca mais.
Era saudade que se antecipava. Saudade da linda família que me acolheu de braços e corações abertos, durante 12 dias de férias. Saudade dela, da mulher mais forte, de mais personalidade que um dia eu conheci. A irmã que nunca tive, a menina de gestos carinhosos, dos sorrisos largos, mas de sinceridade, de coração meigo e valente.
A cada peça roupa que eu punha na bolsa, mais tornava-se latente a dor da partida. E de repente, me dava conta que a distância, mais uma vez, estava por me privar de sua presença. Foi quando as lágrimas entraram em cena, e não havia jeito de às segurar.
Na despedida, as palavras sumiram, e um doce abraço emergiu dentre as lágrimas, resumindo tudo num gesto de carinho, numa lembrança que guardo, e guardarei comigo até os últimos dias de minha vida.
Tive saudade antes de partir
Tive vontade de não te soltar mais
Como pode ser tão forte assim
Um terno abraço imerso a mil lágrimas
No meio tempo que fiquei ai
Pude conhecer suas virtudes e defeitos
Nunca vi mulher tão forte assim
Mas que chorou junto os meus braços ao se despedir
Na bagagem eu guardei a doce lembrança desse abraço
Até hoje, todas as noites eu a aperto entre meus braços (entre meus braços)
Para reviver aquele momento tão lindo, tão lindo (tão lindo, tão lindo)
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