Aqui, quero lhe mostrar como ela nasceu:
Era madrugada, todos a dormir, e um silêncio quase que absoluto. Em minha rede na varanda, deitado junto ao meu violão, dedilhava sem objetivo, e buscava um tema para uma nova canção. O telefone toca por duas vezes, eram duas das minhas melhores e lindas amigas. Trocamos palavras, confidências e conselhos por quase uma hora. E então, quando aperto o botão de desligar, percebo: "Como elas me fazem bem"... "Que doçura é essa, que tanto me acalma". Não interessava se estava triste ou alegre, cansado ou disposto. Uma simples ligação fazia, e faz, o meu dia valer à pena.
O primeiro verso surgiu: "Sou cercado de anjos", logo em seguida uma melodia bem suave e serena, assim como a sensação de tê-las por perto. As palavras fluem, e bastou aquela mesma madrugada para que fica-se pronta.
Sou cercado de anjos
Os vejo mas não os alcanço
Estão além da superfície de seus corpos
Muito além de desejos profanos
Pequenas meninas
Adornam minha vida com doçura
Seus sorrisos desabam minhas estruturas
E sequestram minha atenção
Anjos
São o que vocês são pra mim
Meninas-anjo
São o que vocês são pra mim
São o que vocês são pra mim
Meninas-anjo
As vezes
Vejo seus medos pesarem sobre as asas
Vejo a fúria de quem não enxerga nada
Pequeno brilho perdido na escuridão
Pois
Nem os anjos são perfeitos
Não existe perfeição
Minhas meninas
Vocês nasceram pra voar
Se preciso lhe ajudo a levantar
Chegada hora vou lhes alcançar
Anjos
São o que vocês são pra mim
Meninas-anjo
São o que vocês são pra mim
São o que vocês são pra mim
Meninas-anjo
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